26 de jan. de 2014

Resenha: Sherlock, a Série (Parte 1 - temporadas e tramas)

      "Elementar, caro Watson." A clássica frase que não é usada em nenhuma adaptação da famosa coleção que consagrou Arthur Conan Doyle no gênero dos mistérios. Sherlock é a série televisava britânica de 2010 baseada nos livros do excêntrico detetive particular. Pessoalmente, estava sem muito o que fazer nessas férias para ocupar meu tempo e resolvi procurar mais pela série devido ao meu apetite por histórias de mistérios. Para minha surpresa, a serie tinha apenas três episódios por temporada e, sendo pequena, comecei a ver imediatamente. Logo descobri que era um pouco maior do que imaginava, uma vez que cada episódio tem por volta de 90 minutos, mas então já estava entretido com a série e três episódios de 90 minutos não chega a ser lá tão demorado. Adiantando minha opinião, fiquei tão entretido que a terminei em dois dias (ou três, digamos que nas férias eu me perco no conceito de tempo).
      Por ser fã de Sherlock Holmes acabei fazendo uma análise mais do que o conveniente para se fazer uma resenha num blog e por isso esse poste será dividido em três partes - observações sobre as temporadas e tramas em geral; cenários e efeitos; personagens (E se eu pensar em mais alguma coisa que não possa ser incluída nesses, farei um post adicional). Este, como já foi avisado, será comentado as tramas e as temporadas de modo geral. Devo avisar ainda que minhas outras referências sobre Sherlock são os filmes estadunienses de 2009  e 2012 e o único livro que li da série, Um Estudo em Vermelho (embora adore mistérios, não tenho muito tempo para ler livros fora das férias e nem leio rápido, portanto este infelizmente foi o único livro que li e já tem algum tempo. Pretendo, porém ler os outros em um futuro próximo.)
       O contexto da série se passa nos dias atuais, tornando uma adaptação do detetive estilo virada do seculo XIX para algo mais familiar para nós. Parabenizo os diretores por essa adaptação extremamente bem feita e até mesmo inovadora, pois diferente dos mistérios/policias de hoje, não há a tipica apelação as máquinas e ao mundo digital e cibernético para solucionar os casos inexplicáveis como se vê nas outras abordagens de mistério da atualidade (Minha decepção declarada de como todas as ficções de mistério hoje em dia são elaboradas em cimas de robôs, hologramas e vírus de computador nada criativos). Do contrário, em Sherlock (a série), Holmes soluciona crimes mais realísticos. Consegue as informações do modo antigo através de pistas e deduções, sem toda a apelação digital, sem auxílio de câmeras de segurança ou quebras impossíveis de senhas digitais pelo conhecimento da computação (também exaustivamente usado em outras abordagens), um grande ponto para Sherlock (a série) e seus diretores.
       Os casos em que ele se envolve são intrigantes e suas soluções mirabolantes, o que provocou todo o sucesso da série pela minha opinião. Mas também deve-se dar parte do crédito ao próprio Arthur C. Doyle onde as obras foram usadas como base para cada episódio. Observa-se claramente as fortes referências aos livros e contos, demonstrando que Sherlock (a série) foi mais uma paráfrase dos livros do que uma simples adaptação. Não obstante, a série ganhou muito em fidelidade aos personagens e suas abordagens.
        Tendo a duração de 90 minutos, cada episódio lembra um filme rápido e interessante, evitando o tédio de diálogos desnecessários ou cenas inúteis para mostrar os relacionamentos das personagens. Quando essas cenas se fazem presentes, são puxadas para o lado cômico, dando diversão e humor inteligente a história (ênfase no humor inteligente pois comentarei mais tarde e, vindo de Holmes, eu não esperava nada menos).  Desse modo, Sherlock (a série) se torna bastante curiosa, instigando-o ao mistério e animando-o com a comicidade e, com tudo isso, prendendo-o em cada episódio do início ao fim.
Enki

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