Todos os dias
A mãe e a filha
Pegam ônibus.
Aquela criancinha sonolenta
Aprecia o céu negro, estrelado.
Sua diversão, na parada
É imaginar formas ao ligar as estrelas.
Já no ônibus,
As duas vão em pé,
A viagem é entediante para a criança.
Talvez pelo tédio
A criança veja o que ninguém vê,
A criança se encanta
Com o que ninguém se encanta.
Um céu se transformando,
Colorindo-se,
A escuridão sendo expulsa pelas cores.
Ela se encanta com aquela coisa tão simples
Mas ao mesmo tempo tão grande.
Com aquilo que é corriqueiro
Mas que aos seus olhos parece tão extraordinário.
A simples mudança
Da noite para o dia.
Mostra-se de modo tão belo
Tão perfeito.
Parece um luta,
Na mente da garotinha.
Uma luta bela,
Que a manhã ganha sem esforço.
E assim a criança se encanta
Com o que os adultos
Não tem tempo
Nem mesmo para apreciarem.
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