13 de set. de 2013

Noto que estou me apaixonando.

Noto que estou me apaixonando.
Eu deveria evitar isso
Mas não posso,
É parte essencial do meu ser.
Eu sou um ser apaixonado.

Mesmo que eu devesse lutar para não me apaixonar
Eu nem tento.
Deixo esse sentimento dominar-me.
Por mais que seja um amor improvável
Não quero evitá-lo.

Em cada segundo quero que permaneça em minha mente
Que meu coração quase pule do meu peito quando me abraçar
Quem meu sorriso abobalhado se negue a sair do meu rosto
Quando tu sorrires para mim.

Quero olhar para o céu
E pensar se tu estarias vendo a beleza da noite.
Talvez eu seja idiota em deixar me apaixonar
Mas não quero evitar.
Sei que doerá,
Mas depois levantarei a cabeça e seguirei amando outra pessoa.


Niko

Cara Senhorita

Cara Senhorita,
Sei que ao ler
Tu nem saberás que é para ti.
Tu não saberás que esta voz,
Que me deixa sem ação, é tua.

Tu não imaginas
Que teu abraço me derrete por dentro
Que teu sorriso
Entorpece-me.

Ai, ai...
Mesmo não sendo possível esse amor
Sinto-me tão bem.
Teu sorriso me aquece
Talvez seja isso que me faz bem,
Ou quem sabe
Seja porque aprendi a viver.


Niko

11 de set. de 2013

Crônica sem título

Eu quero agradecer à minha amiga Camila que me deu a Ideia =) espero que tenha ficado legal.

Passava-se das duas da tarde. Felippe estava sentado em um banco escolhido a esmo, lia um livro grosso de aparência velha e surrada. Seu cabelo negro balançava apaticamente por causa do vento leve. Seus olhos castanhos devoravam palavra por palavra com um prazer imenso. A boca de lábios rosados mantinha-se entre-aberta, soltando de vez em quando algumas palavras que lia.
Deixou suas páginas amarelas por alguns segundos para arrumar o cabelo. Rodou os olhos curiosos pelo ambiente ao ar livre e deitou o olhar em cima de uma pessoa que passava por ali naquele instante. Uma garota.
Seu nome era Juliana, tinha os cabelos negros alisados até a altura dos seios, os olhos amendoados por trás dos óculos de armação quadrada, a pele morena e o corpo esguio. Bonita seria a palavra que ele descreveria ela a alguns dias atrás, mas naquele instante ele só conseguiu pensar na noite do dia anterior.
A noite de domingo tinha sido um tanto quanto agitada, mais agitada do que qualquer noite na vida dele. Por mais que parecesse calado e tímido as vezes, Felippe adorava festas e diversão. Adorava sair com os colegas e aproveitar as noites. Uma noite em cada lugar. E fora em uma dessas noites de diversão que tinha conhecido Juliana, na noite anterior para ser mais precisa.
A noite... Não lembrava muito daquela noite, apenas flashs do ocorrido. Tinha ido com seus amigos, como de costume. Não estava muito interessado em encontrar garotas, mas mudou de ideia quando avistou Juliana.
Faziam o mesmo curso na faculdade. Nunca tinham conversado. Nunca tinham sequer passado um ao lado do outro. Mas seus olhares se cruzaram sob a luz rarefeita do lugar.
Naquela noite ela estava diferente, menos recatada do que de costume. Vestia um vestido não muito curto, não muito longo, um pouco a cima dos joelhos. Seus cabelos estavam cacheados àquela noite, arrumados com extremo zelo. No rosto, uma maquiagem leve que acentuava os lábios grossos e o olhar profundo.
O que Felippe sentiu nem ele sabe, só sabia que queria provar daqueles lábios àquela noite. A primeira coisa que providenciou foi duas taças de plástico da primeira bebida que achou pelo caminho. Arrumou o cabelo e estufou o peito. Foi se aproximando da moça.
-Boa noite. -Disse sorrindo bobamente.
-Ah...-Ela se assustou com o rapaz que tinha surgido aparentemente do nada. -Boa noite.
-Trouxe-lhe uma bebida... Gostaria de beber comigo?
Juliana ficou encarando-o por alguns segundos antes de abraçar a taça com os dedos morenos. Sorriu timidamente e concordou com a cabeça.
-Você tem aula comigo, não é mesmo? -Ela perguntou baixinho.
-Sim... -Respondeu ele entre dois goles. -Acho que quase todas. Não tive tempo de me apresentar ainda... Meu nome é Felippe.
-Sou Juliana. -Fez menção de erguer a mão para cumprimentá-lo, mas desistiu. -Gosta de festas assim... -Perguntou depois de alguns minutos de silêncio.
-Gosto um pouco. -Foi a vez dele responder baixo. -E você?
-Um pouco também. -Mais alguns segundos de silêncio. Deixou a taça sobre o balcão do bar.-Quer dançar?-Apontou a multidão que se aglomerava perto do DJ.
-Quero sim. -Tomou isso como a deixa que esperava. Puxou-a pela mão e foi para junto dos outros.
Começaram a dançar um pouco afastados. Foram se aproximando gradativamente quando o olhar de ambos parecia concordar. Ela dançando twerk, ele tentava acompanha-la com uma dança improvisada. Não demorou muito para Felippe se cansar de dançar daquela maneira ridícula e segura-la pela cintura, colando seus corpos totalmente. Ela não o repreendeu, mas ficou intensamente vermelha, tão intensamente que até sob aquela luz ele conseguiu ver.
Então as mãos dele começaram a trabalhar. A princípio timidamente, mas depois intensificando os movimentos. Já tinha se afastado da pista de dança, mas suas mãos ainda estavam no corpo dela e as dela tinham partido para o dele.
-Eu... -Ela sussurrou. -Vamos beber mais um pouco?
-Ok... -Suspirou.
Beberam. Beberam não mais um pouco, beberam tanto que nem ela nem ele estavam sóbrios quando resolveram sair dali. Quando foram a um hotel, nem quando estavam um sobre o outro sentindo o calor de suas peles...
Ele olhou novamente a garota que passava. Abaixou a cabeça e voltou a ler seu livro. 



~Candy

6 de set. de 2013

Para quem escrever?

Hoje não sei para quem escrever
Eu poderia escrever para quem tanto amei
Contudo não devo.
O que escreveria? Palavras de ódio, certamente.

Eu poderia escrever para quem me encanta
Entretanto eu me envergonharia
Imaginando que tal Senhorita
Pudesse ler minha alma.

Eu poderia escrever sobre o futuro
Todavia não tenho planos.
Na verdade tenho
Mas não sei se devo falar planos,
Estes extremamente mutáveis.

Eu poderia escrever sobre o passado
Mas me nego a olhar para trás agora.
Tenho relances do passado
Ora me animam, ora me deprimem.

Eu poderia escrever sobre o presente
Eu nem sei como me sinto,
Influenciável pelo medo do futuro?
Pela dor do passado?
Influenciável pelo quê?

Hoje não sei para quem escrever.
Nem sobre o que.
Talvez devesse escrever para mim.
Bem que podiam escrever para mim...


Niko

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