1 de dez. de 2014

Resenha do livro "Jesus e a sexualidade"

     Tudo começou num dia que decidi passar na banca pra ver o que tinha para comprar (pois o consumismo e eu somos melhores amigos). E eu vi esse livro que de cara me chamou atenção pelo título. Assim, decidi ler aqueles resumos de fim de livro, que na primeira linha informava que o escritor era um padre excomungado, o padre Beto. Então isso despertou minha curiosidade, continuando a ler, pude confirmar que ele tratava de assuntos que a igreja ou acusa sem falar muito ou então nem tocam no assunto.

     O livro é divido em introdução e mais onze capitulos, trata de sexualidade (como o título assim sugere), prazer, sexo antes do casamento, fidelidade, casamento, homossexualidade, métodos contraceptivos, a família.
    Esse foi um livro que realmente me fez refletir e pensar que tem gente na igreja querendo acompanhar a mudança do mundo, mas mais do que isso, entende que nem tudo que a igreja prega é coerente e que nem tudo podemos ouvir um padre falando na missa ou ler a bíblia e simplesmente aceitar, temos que nos questionar.
     Ele aponta falhas na igreja, algumas que eu nem tinha notado, e ele traz o leitor a analisar de um ponto diferente. Como em um exemplo que ele dá, um homem que tem um relacionamento sério com três mulheres e todas sabem disso, é traição? Eu mesma não saberia o que dizer, acho que diria não, e considerando que elas ainda se tornaram amigas, isso seria traição? Uns podem dizer que sim, mas se todos estavam de acordo, só porque não era um casal, não quer dizer que fosse traição, não é mesmo?
     Também fala sobre a masturbação, aquela palavra que não pode ser dita, nem escrita, menos ainda por mulher, menos ainda praticada. Parando de exagero, ele mostra que se você se masturbar, você consegue saber como fazer seu companheiro te tocar e ambos terem prazer. E convenhamos, isso não é novidade.
     Fala sobre homossexuais e mostra que não há motivo para as igrejas simplesmente não aceitarem. E que não importa com quem você casa ou faz sexo, desde que sejam pessoas adultas e que ambas queiram isso.
     Sobre os preservativos ele é simples: usem. E quanto a sexo ser apenas para procriar, ele mostra que Jesus não falou nada disso e o único que implica com sexo em si é um dos apóstolos, Paulo se não me falha a memória.

     E pra completar, ele mostra que Deus é amor e no final das contas o pecado está em atos de desamor como o preconceito, o descaso com a saúde pública e com a educação. Então, um livro muito bom para refletir sobre o que a religião impõem e sobre o que ela trata de maneira torta.

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